quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ampularídeos do gênero Pomacea!

 Ontem passeando pelo Centro do Rio passe numa lojinha show de bola na Rua Sete de Setembro, dei sorte, pois na hora que cheguei estavam chegando também uma grande quatidade de peixes e plantas.
 Me chamou atenção uma menina que estava horrorizada com as  Ampulárias.
É dificil falar sobre este assunto pois na maioria das vezes são ignorados pelos aquaristas.
 Vou colocar a importância desse monstrinhos nos plantados.


*Todos os ampularídeos possuem algumas características em comum:

-Sexo separado: ao contrário do que muitos pensam, ampularídeos não são hermafroditas; essa "lenda" provavelmente se deve ao fato da fêmea poder estocar o esperma do macho por um período que pode se estender por semanas ou meses;

-Postura de ovos acima da coluna d’água, com exceção do gênero Marisa.

-Respiração branquial e pulmonar;

-Presença do opérculo;

-Sifão respiratório. um órgão localizado no lado esquerdo, mais precisamente no lóbulo nucal na entrada da concha do ampularídeo, que quando contraído forma um tubo flexível. Isso permite que as ampulárias possam renovar o ar de seus pulmões continuando submersas, o que é muito vantajoso, visto que são muito vulneráveis quando fora d'água.

-Longos tentáculos labiais.

-Tendência a hábitos noturnos e fotofobia. 



As ampulárias são encontradas na natureza em lagos, pântanos e alagadiços das regiões tropicais de subtropicais de todo o mundo, principalmente na América do Sul, América Central, centro-sul da África e sudeste asiático. Normalmente são águas com pouca correnteza e oxigenação, o que favoreceu o desenvolvimento do sifão respiratório e da respiração dupla.
 São animais dóceis, rusticos e muito resistente, não sendo difícil mante-las saudável nos plantados. Como são animais muito pacíficos, alguns peixes podem ataca-los e até mata-los. Saõ eles:
Botia sp.;
Baiacús dulcícolas (Tetraodon sp.);
Alguns peixes-gato, como Bunocephalus sp. e Leiocassis sp.;
Alguns ciclídeos africanos, como Pseudotropheus sp. e Melanochromis sp.;
Ciclídeos americanos de médio-grande porte (oscar, jurupari);
Algumas espécies de Apistogramma sp.;
Vários anabantídeos, como Betta sp. e Trichogaster sp.;
Vários ciprinídeos, especialmente lábeos (Epalzeorhynchus sp. e Morulius sp.), mas também kinguios, carpas e barbos. 



 São fáceis de serem alimentadas, comem tudo que encontra pelo fundo do aquário, mas podem ser oferecidos também rodelas de Cenoura, batata, pepino,etc.. Além de serem ótimos algueiros preferiando as algas verdes e filamentosas.
 Ao contrário do que muita gente pensa, nem todos os caramujos são hermafroditas, e os ampularídeos são apenas um exemplo disso. Entretanto, a diferenciação do sexo das ampulárias geralmente é uma tarefa complicada, pois deve-se observar o complexo peniano presente nos machos e ausente nas fêmeas.

*Identificando o sexo de uma Pomacea:

1. Retire a pomacea da água. Provavelmente o reflexo dela será se recolher em sua concha.

2. Deixe-a com a entrada da concha apontando para o chão. Com um pouco de paciência e sorte (dependendo da “timidez” da ampulária), a tendência é que o animal relaxe, exibindo o pé e a cabeça.

3. Quando a pomacea estiver com o corpo para fora, pode-se tentar induzi-la a “abaixar a cabeça”, exibindo o lóbulo nucal. Isso pode ser feito aproximando uma superfície qualquer ou a própria mão. Como não é confortável para a ampulária ficar “pendurada” pela concha, a tendência é que ela tente alcançar a superfície para apoiar-se.

4. Ao observar o lóbulo nucal, pode-se observar o sifão respiratório no lado esquerdo, e no lado direito, uma “bolinha” (o complexo peniano), caso a pomacea seja um macho. Se a protuberância for inexistente, então trata-se de uma fêmea.

 

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